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Titanic na estação do Rossio



A Estação do Rossio acolhe em Lisboa, a partir de amanhã uma mostra itinerante que recorda a história do 'Titanic'. Sons, odores e uma parede de gelo, a simular o 'iceberg' que causou o naufrágio, juntam-se a 230 objectos recuperados das profundezas. Os portugueses poderão ver, pela primeira vez, o que 18 milhões já viram.
Trazida por uma empresa portuguesa,a exposição interactiva que a partir de amanhã ficará patente em Lisboa, no Espaço Rossio - no segundo andar da estação ferroviária, mesmo em frente às bilheteiras -, reúne mais de 230 objectos para contar uma história que mergulha os visitantes em vários cenários da acção. Os bilhetes são réplicas dos cartões de embarque. E por quatro euros podem-se alugar audioguias que explicam todos os pormenores.
Logo à entrada, uma mala de mão, a insígnia de uma loja maçónica e um recibo de depósito de valores dão o mote para o que se segue: a vida e morte de alguns protagonistas desta viagem, entre eles, vários milionários das famílias Astor, Guggenheim, Wideman e Strauss.
Subindo as escadas, como o fizeram os passageiros, chega-se a uma sala de iluminação ténue. Aí, acompanhada de pratos, óculos, molas de roupa e um fragmento do casco, a parte da frente de um dos subergíveis usados nas expedições é a peça central do capítulo que conta a aventura do resgate.
"O Nascimento de uma Lenda" é a etapa seguinte. Ao som de música irlandesa, e com algumas fotografias e desenhos exemplificativos, mostra-se como se construiu, por encomenda da companhia de navegação White Star Line, aquele que era considerado o navio mais seguro do mundo. "Não consigo imaginar qualquer desastre vital que possa afundar este navio", disse o Capitão Edward J.Smith, citado numa das paredes da sala.
Ao ritmo da orquestra, somos depois conduzidos pelo interior daquele palácio flutuante. Lá estão as imagens da sala de fumo e da famosa escadaria com cúpula de vidro, mais loiças do luxuoso restaurante À La Carte e as réplicas de camarotes de primeira e terceira classe. O Titanic tratava os passageiros como nenhum outro transatlântico: camas confortáveis, biblioteca, piscina, até campo de squash havia.
Algumas jóias e objectos de higiene pessoal encontram-se aqui, tal como as histórias azaradas do padre Byles e da família do engenheiro Frederick Goodwin, que deveriam ter ido noutro vapor mas foram transferidos para o Titanic , como tantos outros passageiros, por causa de uma greve de mineiros.
Descendo outra escada, a banda sonora sombria prenuncia a tragédia. Agora, estamos já na ponte e começamos a ler as mensagens de aviso de navios próximos: avistam--se icebergs. De repente, fica ainda mais escuro e o som torna-se glaciar. O casco do Titanic é rasgado a estibordo pelo gelo (que se pode tocar ali mesmo, na parede do fundo). Avaliam-se os danos. Tentam salvar-se passageiros. Contam-se os mortos, 1523, como o perfumista Saafeld (cujos frasquinhos de amostras ainda se podem cheirar) ou os três portugueses a bordo. O sino que fez soar o alarme vai estar, até Agosto, em Lisboa.
(Fonte: DN Artes)

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